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Esportes

Novo técnico da Cabofriense almeja a elite no Carioca 2019

Em entrevista à Folha, Luciano Quadros afirma que veio para colocar o time em alto nível no Estadual

02 outubro 2018 - 10h04
Novo técnico da Cabofriense almeja a elite no Carioca 2019

ALEXANDRE FILHO

Buscando antecipar o planejamento para a próxima temporada, com a disputa da primeira divisão do Campeonato Carioca do ano que vem, a Cabofriense anunciou Luciano Quadros, de 44 anos, como o treinador da equipe. Natural de Porto Alegre, o ex-jogador de futebol acumula passagens como técnico pelo disputado futebol paulista, por clubes como Linense-SP, Osasco Audax-SP, Marília-SP, entre outros. Seu último trabalho foi a frente do Sampaio Corrêa na disputa da Serie B1 do Carioca desse ano, no qual fez ótima campanha com a equipe do interior do estado, chegando à semifinal do torneio.

Em entrevista à Folha dos Lagos, Luciano fala em “oportunidade maravilhosa” ao assumir o Tricolor Praiano, diz que conta com o apoio da torcida nos jogos em casa, e afirma que busca colocar a equipe entre os melhores do Campeonato Carioca do próximo ano. “O nosso pensamento vai ser esse, colocar o clube entre os que disputam no mais alto nível, buscando estar nas semifinais e finais”, disse.

Folha dos Lagos – Quais são as suas propostas de jogo para a Cabofriense e em qual perfil de técnico você diria que mais se encaixaria?

Luciano Quadros – Tenho uma carreira extensa como atleta e agora nessa nova fase como técnico, desde 2012, tenho um perfil de um treinador participativo, aguerrido, que implanta muito situações de um time intenso, dedicado, que controla o jogo. Prezo muito por isso, pela iniciação de jogo, com saída de bola, marcação forte e reação ao perder a bola. Sempre querendo jogar, querendo ter o controle do jogo. Meus times têm a minha cara, com força de vencer, com identidade. Eu costumo dizer que jogo junto com o time, e acredito muito que o torcedor vá gostar de ver a minha maneira de conduzir o nosso time.

Folha – Como você está encarando a oportunidade de pela primeira vez assumir um clube da primeira divisão do Rio? E como pretende usar sua experiência em outras equipes nessa nova jornada?

Luciano – Realmente é uma oportunidade maravilhosa. Venho há dois anos fazendo boas campanhas em times da B1, como o Audax e agora com o Sampaio Corrêa, e estou encarando de uma forma muito bacana. Acredito muito que a minha maneira de trabalhar vai se encaixar muito bem em um clube da Série A e será mais uma situação vantajosa para mim, como técnico de futebol, para galgar aquilo que eu pretendo dentro da minha história. Tive experiências em clubes da Série A1 e A2 de São Paulo, que são competições muito fortes também, e não tenho dúvidas que vou me adaptar muito bem para que junto com todos do clube, iremos conseguir levar a equipe para brigar entre os principais times da primeira divisão.

Folha – No último Campeonato Carioca a Cabofriense foi muito bem, obtendo resultados expressivos para uma equipe do interior do Estado. Qual é a sua expectativa para o trabalho desse ano? Existe pressão?

Luciano – A expectativa está muito boa, e a esperança é muito grande para juntamente com todos conseguirmos fazer um campeonato bem satisfatório, com uma campanha talvez até inédita para o clube. O nosso pensamento vai ser esse, colocar o clube entre os que disputam no mais alto nível, buscando estar nas semifinais e finais. Acho que o princípio de acreditar em algo e galgar algo grande é fazer tudo para ser o melhor. Vamos vender isso para o atletas, de que não vamos entrar para participar, para meramente para não cair, que é uma conversa que quase sempre acontece nos clubes pequenos, mas eu acho que temos que pensar maior. E quando passamos isso para os atletas, convictos da capacidade do grupo que temos, eles conseguem entender e com muita dedicação e trabalho, sabendo daquilo que necessitam fazer para ser um time forte dentro de campo, eles podem confirmar isso e fazer uma campanha brilhante em 2019.

Folha – Como foram até agora as tratativas com a diretoria relacionadas a reforços?

Luciano – Tem sido muito bom e esclarecedor. Temos falado sobre a montagem do elenco, sobre o perfil dos atletas, e do jogo que eu quero jogar. Já estamos com um bom número de jogadores previamente contratados, com a volta também dos jogadores que estavam emprestados ao Sampaio Corrêa, que é o caso, por exemplo, do George, Gama, Kaká, Roberto Júnior. Isso é bom porque são jogadores que me conhecem, podem passar para os outros atletas um pouco do meu perfil, mas acredito que nós vamos montar uma boa equipe, relativamente jovem, de potencial muito grande, para que possamos trabalhar muito em conjunto e conquistar o que almejamos para esse campeonato que está por vir.

Folha – Na temporada passada a Cabofriense sofreu para conseguir jogar em casa por conta da estrutura do seu estádio, e não jogou contra os grandes times no Correão. Como espera contar com os torcedores para alcançar os objetivos traçados?

Luciano – Eu acredito muito na importância de se jogar dentro de casa, principalmente em uma competição curta como o Carioca. O torcedor cabofriense gosta de futebol, eu sei disso, gosta de ver seu time em campo. Já conversei com o pessoal sobre o estado do gramado, e eles me prometeram que será refeito, deve ser reformado agora para nos dar uma condição de gramado melhor, principalmente pela minha ideia de jogo. Acho que todo o esforço, por parte da cidade, inclusive, tem que ser feito para que a Cabofriense possa jogar os seus jogos como mandante dentro da sua casa sim. Espero contar muito com isso, pois nos fará mais fortes dentro da competição.